Um conselho para Timóteo
As cartas de I e II Timóteo mostram com clareza as características do relacionamento entre o Apóstolo Paulo e seu amado discípulo, que recebe palavras de encorajamento, correção e orientações para a sua caminhada de fé cristã. Timóteo assumiu um papel essencial no trabalho missionário de Paulo, sendo mencionado em diversas passagens bíblicas, como em Atos, Filipenses e também na carta aos Romanos.
“Verdadeiro filho na fé” e “amado filho”, assim era visto Timóteo. O que podemos aprender com os trechos para ele endereçados ainda nos primórdios da Igreja de Cristo? Moderação, caminho pela justiça e conduta aliançada ao propósito, são exemplos de princípios considerados inegociáveis, ingredientes dos filhos que mantém um coração puro e uma vida de invocação ao Senhor (2 Timóteo 2:22).
O livro de II Timóteo foi escrito enquanto Paulo estava na prisão, o que nos mostra o senso de urgência presente nos conselhos paulinos. As expectativas do Apóstolo eram a de que sua morte estava cada vez mais próxima e, portanto, precisava certificar-se que as palavras certas chegassem até o seu companheiro.
Certamente, um dos versículos mais conhecidos é o que encontramos na passagem de II Timóteo 1:6-7, onde é dito: “Por essa razão, torno a lembrar-lhe que mantenha viva a chama do dom de Deus que está em você mediante a imposição das minhas mãos. Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio”. Em Cristo, somos movidos a construir uma vida de coragem e equilíbrio, mesmo em meio às tentações, tribulações e vozes internas e externas que tentam nos mover para um caminho de desordem e instabilidade a todo instante.
Não são raros os momentos em que enxergamos o equilíbrio como um alvo distante, encoberto pelas cortinas levantadas pelas emoções, sofrimentos e perseguições. O que faremos então? É possível renovar a nossa esperança, com os olhos fixos no autor e consumador da nossa fé e avançarmos na corrida, como é dito pelo Apóstolo Paulo que, em Cristo, encontrou a fonte inesgotável para seu equilíbrio.
“Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos, segundo os seus próprios desejos, juntarão mestres para si mesmos (…) Está próximo o tempo da minha partida. Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé. Agora me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua vinda”. (2 Timóteo 4:3-8).
Equipe editorial da Revista Renascer
