Família e as telas: tenhamos cautela!

A tecnologia está cada dia mais presente em nossas vidas e em tempos de
pandemia, isso se torna ainda mais evidente. Trabalhamos via computador, as
crianças assistem aulas por meio das telas, pagamos contas via aplicativos bancários, programamos viagens por sites, sem falar das inúmeras séries e plataformas
de entretenimento que se dão por meio de telas.

Estamos certos de que a tecnologia é facilitadora em vários processos, contudo,
não podemos esquecer que ela também pode nos prejudicar, tanto no âmbito da
saúde física, como em nossa saúde emocional.

O excesso de uso das telas pode gerar alguns riscos como o sobrepeso, comprometimento da visão, sedentarismo, ansiedade e até depressão.

Crianças que fazem uso exagerado de aparelhos eletrônicos tendem a ser mais ansiosas e possuem grande dificuldade de socialização. Como adultos, nós temos o dever de monitorar o tempo e o conteúdo consumido, para que as nossas crianças façam uso consciente dos recursos digitais. É claro que devemos ser os primeiros a darmos o exemplo, sabendo gerenciar o nosso tempo de maneira saudável e equilibrada.

O último livro do Diretor de pesquisa do Instituto Nacional de Saúde da França e neurocientista francês Michel Desmurget, “A Fábrica de Cretinos Digitais”, apresenta, com dados concretos e de forma conclusiva, como os dispositivos digitais estão afetando seriamente o desenvolvimento neural de crianças e jovens.

O estudo aponta que pela primeira vez, filhos têm o Quociente Intelectual (QI) inferior ao
dos seus pais. Para o neurocientista, as crianças de hoje são atordoadas por
entretenimento bobo, privadas de linguagem, incapazes de refletir sobre o
mundo, mas felizes com sua sina”.

Para amenizar os impactos do uso exagerado, devemos sempre buscar o equilíbrio e, especificamente para as crianças, um tempo deve ser estipulado e acordado para uso (fora o período para vídeo aulas) de acordo com a idade da criança.  Para os adultos, examine-se a si mesmo! Você está sendo um bom exemplo para seus filhos? Seus filhos sentem falta da sua presença íntegra ou reclamam que você não sai do celular? Como estão as refeições à mesa, olho no olho ou olho no celular?

A vida passa depressa e por isso, não podemos deixar que o uso desequilibrado das tecnologias nos prive dos momentos tão preciosos em família.

Seja cuidadoso e criterioso, pois a sua família é o seu bem mais valioso!

Amanda de Sousa Pinto Andrade

Psicóloga Comportamental pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, pós-graduada em Neuropsicologia com ênfase em atendimento infantil e adolescência

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