“Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamon”. (Mateus 6:24).
Aprendemos com as Escrituras que a riqueza de alguém não está relacionada com a sua real condição espiritual. Para Jesus, o perigo das riquezas estava no fato de que elas poderiam se transformar em uma personificação do mal e reivindicar o culto para si. Por isso, Jesus nos advertiu: “Não podeis servir a Deus e a Mamon” (Lucas 16:13).
A verdade é que a riqueza pode se transformar em um ídolo ou um deus para aqueles que a possuem. Nesse aspecto, as riquezas tornam-se um obstáculo no caminho daqueles que servem a Deus (Lucas 8:14).
Vale ressaltar que as Escrituras não condenam a aquisição honesta de riquezas, e sim, o amor a elas dispensado. Afinal, o homem em sua ambição tem colocado a moeda como “senhor” em vez de “servo”. Como consequência desse ato, lamentavelmente acontecerá a perda da comunhão com Deus. Alguns perderam até mesmo as suas vidas, como aconteceu com Acã, Ananias e Safira.
Embora Jesus tenha mostrado que as riquezas podem, até mesmo, se tornar uma personificação do mal, Ele não as demonizou. Ao ensinar seus discípulos, Jesus estimulou a absoluta confiança em Deus, e havia uma razão para isso. Logo após mostrar os perigos da avareza a alguém que queria fazer d’Ele um juiz em uma questão relacionada a certa herança, Jesus revelou aos seus discípulos que a melhor forma de se proteger desse mal é confiar inteiramente na provisão Divina (Lucas 12:13-34).
As riquezas dão a falsa sensação de segurança e de independência das coisas espirituais, daí a recomendação para não se confiar nelas. É óbvio que não há valor moral no dinheiro em si. O fato é que ter dinheiro pode ser uma coisa boa ou ruim, isso vai depender do conjunto de valores daqueles que o utilizam.
Dessa forma, o cristão deve trabalhar honestamente e diligentemente para suprir o sustento da sua família. Ele deve administrar bem seus recursos a fim de não pecar contra Deus, e não expor a sua família ao vexame moral e privações, bem como usar o dinheiro para ajudar uma obra filantrópica ou investir na obra missionária, que é algo útil e louvável.
Assim, servir ao Senhor para alguns pode ser apenas uma questão social, mas para nós, é uma questão de sobrevivência e bem-estar, no presente e no futuro. Veja o que diz a Bíblia: “E servireis ao Senhor, vosso Deus e Ele abençoará o vosso pão e a vossa água; e eu tirarei do meio de ti as enfermidades”. (Êxodo 23:25).
Um ponto importante a ser refletido é que servir ao Senhor eficazmente não pode ser um peso ou algo penoso, pelo contrário, deve ser um privilégio, e dessa prerrogativa não podemos abrir mão. Vale lembrar que ninguém, estando cheio de si mesmo, pode servir o Cristo que se esvaziou, tendo Ele mesmo tomado a forma de servo ao vir ao mundo, e como o servo foi fiel até a morte, e morte de cruz.
Portanto, a proposta de Deus para nós neste novo ano que se inicia é: “Sê fiel até à morte e dar-te-ei a coroa da vida” (Apocalipse 2:10).
Que nesse ano de 2023 possamos assumir a postura de Paulo quando ele declara: “Mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”. (Filipenses 3:13-14)
Declare que 2023 será benção para você e a sua família!