Rivalidade feminina: Deus nos fez rivais?

imagem: envato

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A rivalidade feminina tem sido um estigma no universo feminino ao longo dos anos. Ouvimos constantemente que mulheres “são assim mesmo”, desunidas e competitivas, como se a rivalidade fizesse parte da natureza feminina. Somos ensinadas desde cedo que “amizade entre mulheres não é verdadeira” ou que “homens são mais fáceis de lidar”; somos levadas a acreditar que outras mulheres são nossas rivais e que precisamos ser melhores que elas.

Crescemos ouvindo nossas mães, avós e tias falando mal de outras mulheres, criticando seus corpos ou suas roupas. Somos formadas achando que somos perigosas, venenosas e traiçoeiras, e isso tem poder sobre a nossa percepção de mundo. Tudo o que ouvimos desde cedo acaba influenciando a construção de um imaginário em nossa mente.

Ocorre que, apesar de sermos constantemente bombardeadas com essas informações, devemos tomar a iniciativa de questionar tais ensinamentos, afinal de contas, eles não possuem nenhum fundamento bíblico. Quando Deus criou o homem e a mulher, conforme está descrito lá em Gênesis, Ele colocou a Sua imagem e semelhança em nós. Fomos criadas para resplandecer os atributos comunicáveis do Criador através de nossas vidas, como por exemplo, amor, bondade, misericórdia e justiça.

Sabemos que Gênesis 3 mostra quando o pecado entrou no mundo e deturpou as relações por completo, trazendo discórdia para a humanidade, mas como fomos salvas e redimidas pelo sangue de Jesus, por esse motivo, a queda não deve nos definir, mas sim o padrão inicial de Deus, com Sua harmonia e beleza.

Ao nos criar, o Senhor não colocou a rivalidade como algo incorporado em nós, ou seja, não fomos criadas para isso. Sendo assim, devemos combater esses padrões pecaminosos e lutar todos os dias para desmentir a ideia de que somos naturalmente desunidas. Esse pensamento é pecaminoso e só demonstra a sociedade doente na qual estamos inseridas.

A Bíblia aponta para o exemplo de mulheres que competiram entre si, causando destruição em suas relações. Lia e Raquel (Gênesis 30), esposas de Jacó que brigavam pela atenção do marido e, como Raquel era estéril e Lia tinha muitos filhos, isso acabou gerando uma competição doentia entre elas, que afetou o bem-estar de toda a família.

Também podemos citar o exemplo de Sara e Agar (Gênesis 16), que começaram a competir pois Agar, serva de Sara, havia concebido um filho Abraão; além de Ana e Penina (1 Samuel 1), relatando a Palavra que Penina era rival de Ana e a provocava por conta da sua fertilidade, enquanto a outra era estéril.

Ao mesmo tempo, vemos exemplos de união como Rute e Noemi. As duas estavam em uma situação de vulnerabilidade, eram mulheres e viúvas, mas elas decidiram se ajudar. Da mesma forma que Rute ficou ao lado da sua sogra e a acompanhou em seus momentos difíceis, Noemi incentivou sua nora a vencer os desafios e a crescer. Elas se apoiaram e juntas conseguiram superar o luto, as dificuldades e os julgamentos. Elas sofreram juntas e, ao final, se alegraram na presença do Senhor, sendo um grande exemplo de como a união entre as mulheres pode ser impactante e transformadora.

Diante de tudo isso, precisamos incentivar a união feminina, nos desafiando dia após dia a levantar outras mulheres, elogiá-las e fazê-las crescer. Necessitamos desenvolver a compreensão de que a vitória de uma mulher não significa a sua derrota; elogiar e incentivar suas amigas não te faz retroceder; impulsionar uma colega não te puxa para baixo. Portanto, precisamos caminhar de mãos dadas e tornar o mundo um lugar mais leve para nós mesmas e para as demais portadoras da imagem e semelhança Divina.

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Cassia
Cassia
1 ano atrás

Alana, que o nosso Deus e Pai continue a te usar como o Seu instrumento. Este texto, muito me edificou. Que Deus te abençoe.

Andreia merissi castoldo de Castro
Andreia merissi castoldo de Castro
10 meses atrás

Muito precioso esse conteúdo Obrigada

Camila Biacchi Rocha
Camila Biacchi Rocha
10 meses atrás

Alan, bom dia.
Obrigada pelo lúcido texto. Uma bela reflexão para nós mulheres!

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