Uma história de amor internacional

Nesse mês dos namorados, gostaria de dividir com os leitores da Revista Renascer um pouco sobre a minha história de amor com a Sorhaya, uma brasileira linda que o Senhor me presenteou há alguns anos atrás.

Tudo começou no estado da Flórida, nos Estados Unidos, meu país de origem. Era uma tarde como todas as outras. Entrei no lobby do hotel, onde eu administrava o paisagismo. O teto era alto, talvez uns quinze metros de altura, e o local estava todo decorado para as festas de final de ano, onde havia inclusive, uma árvore de Natal com cerca de seis metros de altura no meio do saguão.

A verdade é que eu não estava pronto para a surpresa que iria acontecer debaixo daquela árvore. O que me esperava era uma bênção que mudaria a minha vida para sempre!
Depois de passar pelas portas do saguão com um propósito, fui levado de volta ao local onde encontrei Laurence, um rapaz que conheci em Nova York. Cumprimentamo-nos e perguntei-lhe o que o trouxera à Flórida. Ele apontou para uma linda moça e disse: “minha irmã”.

Na ocasião, ele me relatou que um grupo de brasileiros estava na Flórida para visitar os parques temáticos, e que estavam hospedados em nosso resort em Hudson. Aquela moça me chamou a atenção, pois a vi dançando, não como o mundo dança, mas com alguns gestos ao som de uma música sobre super-heróis bíblicos.

É interessante que somos ensinados a olhar para a beleza interna das pessoas quando a conhecemos, mas naquela ocasião, confesso que a beleza externa dela me chamou a atenção primeiro. Fomos apresentados um ao outro e ela disse o seu nome: Sorhaya. Vi que naquele instante ela ficou impressionada e logo depois, voltou para seus amigos.

Depois desse ocorrido, fiz questão de aparecer em todos os lugares onde aquele grupo de brasileiros estava. A verdade é que eu estava apaixonado como nunca antes. Então, encontrei coisas para fazer naquela semana que sempre me levavam para perto dos brasileiros. Teve uma vez que eu estava procurando por eles e perguntei para a recepcionista onde eles estavam. Já era noite e eu tinha terminado o trabalho. Descobri que eles estavam no supermercado Walmart e rapidamente encontrei meu caminho para aquele local. Eles ficaram surpresos por eu estar lá, mas acabou sendo uma ótima decisão ir, pois tive a oportunidade de estar mais perto de conquistar o coração de Sorhaya.

Na mesma noite, antes dela voltar para o Brasil, ficamos conversando e rindo no lobby do hotel por horas. Eu a acompanhei quando ela saiu em um ônibus, mas consegui correr até minha casa para pegar um pacote de chicletes para ela levar para o aeroporto. Ela tinha que voltar para o seu país de origem.

Decidi então ligar para a sua casa em Goiânia, no Brasil, antes mesmo dela chegar lá. Falei com a funcionária da casa, que não falava nada de inglês, e eu, uma pessoa que não falava nada de português. Assim, Sorhaya e eu começamos a namorar oficialmente no dia 16 de dezembro de 1997, por telefone.

Hoje, ao escrever essas linhas, decidi perguntar para a Sorhaya sobre essa época, e aqui está o que ela tem a dizer: “Quando eu tinha 18 anos, o meu pai me disse para terminar um relacionamento de quase 2 anos, porque eu era muito jovem e o rapaz já queria se casar. Depois de 4 anos sem arrumar outro namorado, minha mãe olhou pra mim e disse: “acho que você vai casar com um gringo” porque ela sabia da minha paixão pela Língua Inglesa. Orei e pedi a Deus que me enviasse um homem segundo o coração de Deus e que o amasse acima de todas as coisas, porque assim ele pensaria duas vezes antes de me machucar. Dois anos se passaram e Deus me presenteou com o Christopher em uma viagem que fiz aos Estados Unidos, no mesmo mês em que me formei na faculdade. Quando o vi pela primeira vez fiquei imediatamente apaixonada! Que homem lindo! Que músculos! Que personalidade! ”

Sorhaya e eu estamos casados há mais de vinte e três anos, e moramos no Brasil há mais de treze. A adaptação em cada país foi uma experiência única para nós, mas conseguimos e continuamos prosseguindo juntos, rompendo em fé a cada dia.

Confesso que as coisas nem sempre foram fáceis, mas a paciência nos ensinou e alguns bons conselhos nos guiaram. Após alguns desentendimentos, existiram pessoas que aconselharam a minha esposa a optar pelo divórcio. Hoje, agradeço a Deus por Sorhaya não ter obedecido a esses conselhos.

A verdade é que estamos aprendendo, até hoje, a nos amar mais. Com o tempo, Sorhaya passou a pedir minha opinião para todas as coisas e a me dar ouvidos. Assim, o nosso vínculo se tornou mais forte. O versículo “mulher, respeitem os seus maridos” é compreendido verdadeiramente por ela.  Eu me sinto especial e desejado, pois amo a pessoa que ela se tornou.

O casamento para mim me ajudou em todos os sentidos, e abriu caminho para construirmos uma linda família. Mattheos e Gabriella são a combinação perfeita de nós dois e aprendemos com eles todos os dias. Muitas lições foram aprendidas ao longo do caminho, e assim, tivemos que passar por muitos desafios.

Hoje, estou potencialmente na metade ou mais da minha própria vida e agradeço a Deus todos os dias pela oportunidade de mais um dia de experiência. Sou grato pelo ar que flui em meus pulmões, pela chance de abraçar a minha amada esposa e pelo prazer que tenho em ver meus filhos crescerem.

Portanto, o meu desejo é que assim como eu, você também encontre a pessoa com quem você possa aprender de forma positiva e que tenha Cristo como a sua essência de vida. Lembre-se, juntos somos mais fortes, pois não fomos criados para ficar sozinhos.

Feliz Dia dos Namorados para todos os casais e leitores da Revista Renascer!

Christopher DeLong

Especialista no ensino de Inglês para brasileiros, English Assessment Interviewer

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