Em construção… deixando Jesus ser o arquiteto

Você já teve a oportunidade de entrar em alguma obra abandonada? Causa medo ao entrar? Quando criança eu tinha pavor de construções abandonadas. Quem já foi ao Rio de Janeiro provavelmente já ouviu ou conheceu o “esqueleto Tourist Hotel”, que fica na Gávea. O prédio é um antigo hotel abandonado e inacabado, que hoje está fechado e aqueles que ousam entrar correm perigo.

Assim como as construções desabitadas, também somos nós quando abandonamos as correções diárias de Deus, pois nos tornamos perigosos, alguém que oferece um perigo no falar e no abrigar. Nessa situação, além de nos afastarmos de Deus, também distanciamos as pessoas de nós, pois somente a intimidade com Deus pode restaurar o nosso relacionamento com o próximo.

Sempre que ouço a palavra construção lembro-me de uma imensa lista de compras e tarefas a serem executadas, e do grande esforço e empenho para a concretização da obra. Além disso, com toda certeza, sinto uma imensa fadiga ao pensar na bagunça. A finalização da obra, seja ela qual for, é geralmente a motivação para continuarmos seguindo.

Como Servos de Deus, temos um trabalho diário: a construção de uma vida que agrade ao Pai. Temos muito trabalho pela frente! O grande problema, e que por vezes atrapalha o andamento da obra, é que queremos executar a construção sem o auxílio e comando do arquiteto. Esquecemos que o construtor é Jesus, e sem Ele jamais concluiremos a obra. É nesse processo de construção que percebemos os erros e imperfeições que necessitam de reparo para aperfeiçoar a obra.

No processo de reparo aprendemos a levar nossas dores, vergonhas, angústias e temores a Deus. Você já observou o céu quando as nuvens escondem o sol? O nosso “eu” por diversas vezes ofusca o brilho e a luz de Deus em nós, e é por isso que a reforma não pode parar.

O período em que a obra foi abandonada pode prejudicar sua estrutura, e muitas vezes a demolição e a reconstrução são a única solução. Precisamos parar de relutar com paredes que precisam ser demolidas, precisamos derrubar os muros de prisão. Geralmente, quando estamos em ruínas, não queremos os reparos de Deus, pois esses reparos geram desconforto e dor.

Uma obra em ruínas é visitada por poucos, e muitas vezes por aqueles que nada querem além de expor a vergonha de velhas paredes furadas e marcadas. Jesus nos chama para a construção de uma obra que poderá abrigar muitas vidas. Sim! Uma casa segura. Jesus é o construtor! Portanto, não hesite em deixá-lo realizar uma maravilhosa obra em sua vida!

“Eu estava ao seu lado, e era o seu arquiteto; dia a dia eu era o seu prazer e me alegrava continuamente com a sua presença. Eu me alegrava com o mundo que ele criou, e a humanidade me dava alegria. “Ouçam-me agora, meus filhos: Como são felizes os que guardam os meus caminhos! Ouçam a minha instrução, e serão sábios. Não a desprezem”.

(Provérbios 8. 30-33).

Jaqueline Correia Pontes

Graduada em Enfermagem pela Universidade do Estado do Pará Especialista em Centro Cirúrgico, Central de Material de Esterilização e Recuperação Anestésica (CGESP). Especialista em Unidade de Terapia Intensiva pelo Centro de Estudos de Enfermagem e Nutrição (CEEN) da Pontifícia Universidade Católica de Goiás PUC- GO. Mestranda em Assistência e Avaliação em Saúde pela Universidade Federal de Goiás

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